A proposta de Orçamento Geral de Estado para 2019 reserva para receitas e despesas na ordem dos 9,2 biliões de kzs, um valor inferior aos 9,6 biliões orçados para o corrente ano.
Do valor global previsto para o próximo ano, 44% serão para amortizar a dívida e os juros. A proposta de OGE será composta por 62% de contribuições das receitas fiscais, 33% de recurso ao financiamentos e 5% de outras receitas, um cenário “melhor”, quando comparado ao do ano em curso, em termos de equilíbrio orçamental.
Entretanto, o sector petrolífero coopera com 40% e o não petrolífero participa apenas com 18% no próximo OGE. “Teremos um orçamento bastante prudente, apertado e pouco estimulante ao investimento.
Os cortes nas despesas com Investimentos Públicos que em princípio estimulariam o sector privado, e por ser maioritariamente dependente de fontes de financiamento externo, é para além de desestimulante, arriscado”, prevê o professor universitário, Inocêncio das Neves.
Quanto ao serviço da dívida, o também gestor adianta que é um compromisso que não se pode dar ao luxo de adiar porque o seu cumprimento serve de indicador da capacidade do Governo honrar com os seus compromissos.
“Uma vez adiado, quer por via de renegociação ou simples inadimplência, compromete todas as necessidades futuras de emissão de dívida pública. Nos mercados financeiros a credibilidade é tão importante quanto o próprio pagamento”, elucida o docente.
O entrevistado aconselha o Executivo a ter deveria ter cautelas com o impacto dessa redução do valor do OGE 2019, face o ano em curso, nas camadas sociais menos favorecidas.
Para ele, um dos elementos que contribui para essa redução serão as descontinuações dos subsídios. “O Governo tem que ser pragmático e cortar as despesas supérfluas com os seus órgãos centrais.Deveria canalizar as suas despesas nos sectores produtivos”, vinca.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Mercado
27/10/2018