FMI prevê recessão este ano crescimento em 2021

A economia angolana contrai este ano 1,4 por cento, depois de ter registado uma recessão de 1,5 por cento em 2019, mas regressa ao crescimento em 2021, com uma taxa prevista de 2,6 por cento do PIB.

De acordo com as Perspectivas Económicas Regionais da África Subsaariana, um documento que, este ano, é exclusivamente dedicado aos impactos da pandemia de Covid-19, prevê também uma subida da dívida pública, de 109,8 por cento do PIB no ano passado, para 132,2 este ano e 124,3 em 2021, devido às necessidades de financiamento para suplantar a descida dos preços do petróleo e a despesa necessária para controlar a pandemia da Covid-19.


“O crescimento nos países exportadores de petróleo deve cair de 1,8 por cento em 2019 para -2,8 este ano, uma revisão de 5,3 pontos percentuais face às previsões de Outubro”, lê-se no documento, que nota que a Nigéria, o maior exportador da região, deve contrair-se 3,4 por cento.

Num quadro de incerteza ainda maior que o habitual, o FMI antecipa que a África subsaariana tenha um crescimento negativo de 1,6 por cento, o maior de que há registo e 5,2 pontos percentuais abaixo das previsões de Outubro, e prevê que em 2021 o continente volte ao crescimento, com o PIB a expandir 4,1 por cento.

Para o Fundo, a previsão de recessão para África Subsaariana explica-se por três grandes factores: as medidas de contenção, que prejudicam a actividade económica, os efeitos do abrandamento da economia global, também ela em recessão este ano, e a “forte queda do preço das matérias-primas, especialmente o petróleo, que magnifica os desafios em algumas das maiores economias dependentes de recursos, nomeadamente Angola e a Nigéria”.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
ANGONOTÍCIAS/Jornal de Angola
16/04/2020

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